Para diretor do “Zorra”, Globo renovou seu humor.

 

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Maurício Farias assumiu o “Zorra” em junho de 2014 depois de 15 anos do programa sob o comando de Maurício Sherman

Diretor por trás do “Tá no Ar” e do novo “Zorra”, que estreou neste ano, Maurício Farias acredita que a Globo recuperou um tempo perdido ao reformular sua grade de humorísticos, tornando-os mais atuais e dando espaço e novos nomes do humor como Marcelo Adnet e Dani Calabresa.

“A TV onde eu trabalho, a Globo, recuperou um tempo perdido depois de não ter acolhido e dado espaço para essa geração que hoje está forte e fazendo muitas coisas. Vejo isso no ‘Tá no Ar’, vejo isso no ‘Zorra’, é onde a gente espera estar fazendo isso e trazendo cada vez mais novos artistas para os trabalhos”, afirmou Farias em entrevista ao UOL.

Citando comediantes como Chico Anysio, Jô Soares e Agildo Ribeiro, o diretor diz que é natural haver uma renovação de humoristas de tempos em tempos. “Acho que agora, no momento em que essa geração já está deixando os palcos da vida, isso foi abrindo espaço para que outros artistas fossem ocupando cada vez mais. Isso é uma renovação que acontece naturalmente, que vai acontecer com essa geração um dia e que já aconteceu com gerações intermediarias, que também foram expoentes”.

Para Farias, o humor em si não envelhece, mas a sociedade e os temas dos quais ele fala, sim – e por isso é tão necessário que os programas também mudem. “Humor não tem data, você é capaz de ver um filme do Chaplin e rir como as pessoas riam nas décadas de 1940, 1930, 1920. Mas acontece que os assuntos, o que está por dentro do humor, isso envelhece. Os costumes mudam, a cabeça das pessoas muda, a sociedade muda. E, consequentemente esses temas também mudam”.

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